NOVA YORK — O popular show de intervalo do Super Bowl, final da liga de futebol americano dos Estados Unidos, tem apenas 13 minutos. Mas o extravagante evento, que vai custar US$ 1 milhão por minuto, depende de milhares de pessoas, meses de planejamento e precisão para ser organizado.
Os organizadores tem a tarefa de transformar o campo de futebol em um palco e de volta a um campo de futebol em menos de meia hora, sem danificar a superfície.
A final da Liga Nacional de Futebol (NFL, na sigla em inglês) neste domingo será entre São Francisco 49ers e Kansas City Chiefs, em Miami.
O intervalo da 54ª edição do Super Bowl será liderado pelas estrelas latinas da música pop Jennifer López e Shakira.
Também terá a participação surpresa de outros artistas e cantores, disse Dan Parise, produtor que trabalha com a Roc Nation, a empresa de entretenimento que produz o show para a Liga Nacional de Futebol (NFL, na sigla em inglês).
A PepsiCo está patrocinando o show pelo oitavo ano consecutivo. Uma fonte com conhecimento direto do evento disse que custará por volta de US$ 13 milhões, valor que a porta-voz da NFL não quis confirmar.
— Há tantos aspectos, os dançarinos, a iluminação, os efeitos especiais — disse Parise — É como se fosse um grande quebra-cabeça.
O trabalho começa com quase um ano de antecedência, disse Mark Quenzel, vice-presidente sênior de programação e produção da NFL. Os organizadores verificam o estádio em busca de obstáculos logísticos ou elementos estruturais únicos que possam ser transformados em vantagens.
Em 2014, por exemplo, os produtores tiveram que manter o show de Bruno Mars relativamente simples porque era impossível prever as condições do gramado do estádio MetLife, em Nova Jérsei, um raro Super Bowl ao ar livre com clima frio.
Neste ano, disse Parise, uma plataforma recentemente reformada no estádio Hard Rock permitiu o uso de equipamentos de áudio mais avançados.
No total, a produção exige de 2 mil a 3 mil pessoas, disse Quenzel, que está em seu 10º show de intervalo.
Como nas apresentações anteriores, o show deste ano terá uma audiência no gramado de aproximadamente 800 pessoas, a maioria crianças de escolas locais que são escolhidas com antecedência e precisam ensaiar com os artistas.
Geralmente, elas desempenham um papel diferente ao de apenas acompanhar o show. Durante a exibição de “Mirrors”, de Justin Timberlake, em 2018, o público no gramado levantou espelhos para refletir as luzes do estádio.
Controle de tráfego aéreo
O maior feito de coordenação é a montagem de palco, que é carregado em 38 carrinhos separados, cada um exigindo 12 pessoas para ser movido. Outros 18 carrinhos, com equipes de seis pessoas, carregam os equipamentos de áudio.
Como controladores de tráfego aéreo, os líderes das equipes usam fones de ouvido para orientar cada equipe. Uma parte do palco no lugar errado, mesmo por centímetros, pode ser desastroso, disse Quenzel.
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A montagem leva oito minutos, com o show geralmente durando 13. Remover o palco leva apenas seis minutos, disse Quenzel, antes de os times voltarem ao gramado.
Durante o show, os funcionários nos bastidores aguardam em locais pré-determinados para conduzir as trocas de roupas, que precisam ser executadas no tempo correto.
— Parte da arte do show é o que não mostramos, o que vocês não veem — disse Quenzel.
Fonte: Agora noticias Brasil