Lucifer: série da Netflix é um dos sucessos da companhia (Netflix/Divulgação)
Os preços das assinaturas da Netflix vão aumentar nos Estados Unidos. A assinatura do plano mais barato irá para 14 dólares mensais (um dólar mais caro do que anteriormente), enquanto a mais completa terá um acréscimo de dois dólares, indo para 18 dólares por mês. Com o movimento no país de origem da plataforma de streaming, é de se esperar que o mesmo ocorra em outros países — incluindo no Brasil.
Por aqui, os planos variam de 21,90 reais a 45,90 reais — e a empresa enfatiza que não existe “contratos ou taxas extras”. O aumento nos valores das assinaturas, segundo Fabro Steibel, diretor executivo do Instituto Tecnologia Social (ITS), é algo de se esperar também em terras brasileiras. “Preço é elástico. O preço sempre é o mais alto possível em referência ao que as pessoas consideram possível pagar. As pessoas já se acostumaram a pagar pelo serviço, virou commodity conhecida. Então o preço vai subir”, explica.
Ao site The Verge, um porta-voz da Netflix afirmou que a mudança feita nos Estados Unidos “não influenciam ou indicam uma mudança nos preços globais”. Segundo o mesmo porta-voz, os preços estão sendo atualizados para que a “Netflix continua a oferecer uma maior variedade de filmes e séries” em um cenário que fica cada vez mais competitivo.
Mesmo com a chegada de novos serviços de streaming no pedaço, como é o caso do Disney+ que vai desembarcar no Brasil em 17 de novembro, a Netflix deve aumentar os valores. “A Disney está crescendo, e há mais players. Na pandemia creceu a base de usários, no mundo todo. Deve acontecer em breve, e de forma gradual. O preço, que é de entrada no mercado, tende a se etabilizar”, diz.
O grande desafio da Netflix, no momento, é construir uma base robusta de conteúdos originais para atrair os novos e velhos clientes — e esse pode ser um motivo para o aumento no preço das assinaturas. “Ela deixou de focar no licensiamento de terceiros, e isso era previsível, e investir em conteúdos próprios”, afirma.
Procurada pela EXAME, a empresa ainda não se pronunciou. A reportagem será atualizada assim que tivermos um posicionamento.