Pelos termos do acordo, os atuais sócios da NV devem permanecer na operação da marca, fundada oficialmente em 2012. Parte do pagamento do Soma será feita por meio de ações. O negócio ainda depende de uma auditoria para apurar as finanças da NV, além da aprovação do Cade (órgão antitruste brasileiro).
A NV é uma marca nativa digital, isto é, iniciou sua operação com a venda de roupas por canais digitais. Seu público-alvo é a classe A, com preço médio de R$ 730 por peça. Hoje, a grife tem cinco lojas físicas no estado de São Paulo. A receita da empresa criada por Nati Vezzo saltou de R$ 3 milhões em 2016 para R$ 98 milhões em 2019.
Neste ano, segundo Roberto Jatahy, presidente do Soma, a NV deve faturar R$ 170 milhões.
O Soma, assim como a agora concorrente Arezzo, tem conduzido uma estratégia de expansão por meio de aquisições. O grupo abriu capital na Bolsa em julho deste ano, em operação que levantou R$ 1,8 bilhão.
Segundo Jatahy, a aquisição da NV deve ser a primeira de uma série. O executivo afirmou a investidores nesta segunda-feira que a companhia negocia ao menos mais duas compras: a de uma grife voltada ao segmento fitness e a de uma marca de moda feminina com preço médio superior aos praticados pela Farm, mas inferior aos da Animale.
Com a compra da NV, Jatahy espera abrir ao menos 30 lojas da marca em cinco anos no país, além de usar a base comercial do Soma para chegar a mais de 700 pontos de venda multimarcas.