UA-154680265-1
Saida Sul DF
  • Home
  • Notícias
    • Brasil
    • Politica
    • Economia
    • Mundo
  • Cidades
    • Gama
    • Park Way
    • Santa Maria
  • Contato
Domingo, Abril 18, 2021
No Result
View All Result
  • Home
  • Notícias
    • Brasil
    • Politica
    • Economia
    • Mundo
  • Cidades
    • Gama
    • Park Way
    • Santa Maria
  • Contato
No Result
View All Result
Saida Sul DF
No Result
View All Result
Home Educação

CIÊNCIA E SAÚDE

Saida Sul by Saida Sul
3 de Janeiro, 2021
in Educação
0 0
0
CIÊNCIA E SAÚDE

CIÊNCIA E SAÚDE

0
SHARES
16
VIEWS
Share on FacebookShare on Twitter

1 de 3 Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas, é um dos cientistas mais influentes do mundo — Foto: DANIELA XU

Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas, é um dos cientistas mais influentes do mundo — Foto: DANIELA XU

Depois de analisar os trabalhos e publicações de 6,9 milhões de cientistas de todo o mundo, de todas as áreas do conhecimento, e as citações de colegas deles que elas geraram, uma equipe da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, listou os 159.683 pesquisadores mais influentes do mundo, cerca de 2,3% do total. Desses, 600 (0,37%) são do Brasil.

Para alguns cientistas, isso é pouco diante do tamanho do país e de sua população. Para outros, é até muito, dadas as condições: falta de financiamento e do desprestígio da ciência por parte do governo e seus seguidores, principalmente nos últimos anos.

Para elaborar o ranking, a equipe de Stanford, liderada por John Ioannidis, computou as citações (quando um artigo de um cientista é citado no de outro) da base de dados Scopus, uma das mais completas e respeitadas do mundo. O resultado foi publicado recentemente na revista científica Plos Biology. Com base nelas, foram elaborados dois rankings, um levando em conta o impacto de um pesquisador ao longo de toda sua carreira e outro de um único ano, no caso, 2019.

Na primeira lista, os pesquisadores mais bem colocados que trabalham no Brasil nasceram em outros países, embora um deles seja brasileiro naturalizado. O primeiro colocado é o físico de solos e mestre em agronomia holandês Martinus Theodorus van Genuchten, na 460ª posição. Atualmente, ele está na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mas fez praticamente toda sua carreira no exterior.

Em segundo, na 1661ª, está o grego de nascimento, mas brasileiro naturalizado, Constantino Tsallis, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Ele desenvolveu sua carreira e atua no Brasil desde 1975, um ano depois de ter concluído seu doutorado na França.

Os dois brasileiros natos e que atuam no país mais bem colocados, são o epidemiologista Cesar Victora, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no 2969º lugar, e o químico Jairton Dupont, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na 3201ª posição.

Para Dupont, ter 600 brasileiros na lista é muito pouco levando-se em consideração o PIB do país e o grande número de jovens altamente motivados. De acordo com ele, isso se deve, em primeiro lugar, à pouca importância dada à ciência pela maioria dos governantes, que a enxergam como gasto e não como investimento no futuro.

Em segundo lugar, diz ele, vem a mentalidade empreendedora, que busca lucro imediato e prefere "comprar" tecnologias prontas, o que afasta o Brasil da ponta do conhecimento.

"Em terceiro lugar, está a 'cultura' do negacionismo, que tem sua expressão máxima no pensamento mágico que permeia boa parte de nossa sociedade", opina. "Estaremos nos tornando uma sociedade de 'bigots' (intolerantes), se não houver uma reação das forças civilizatórias, que encontram sua expressão máxima nas universidades públicas."

Mesmo assim, Dupont diz que o número de cientistas brasileiros no ranking pode não ser de todo ruim.

"Tendo em vista as condições de trabalho dos pesquisadores no Brasil, podemos até comemorar", explica. "Principalmente pela persistência dos 600 listados, que mesmo diante das imensas dificuldades conseguem realizar trabalhos que colocam o país no mapa do conhecimento e mostram que temos capacidade de fazer ainda muito mais diferença, para levar a uma sociedade mais justa e igualitária."

2 de 3 Brasileiro naturalizado, o físico Constantino Tsallis, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), também está na lista dos cientistas mais influentes do mundo — Foto: ARQUIVO PESSOAL

Brasileiro naturalizado, o físico Constantino Tsallis, do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), também está na lista dos cientistas mais influentes do mundo — Foto: ARQUIVO PESSOAL

Victora pensa diferente. "É mais para lamentar do que para comemorar, porque o Brasil é um dos maiores países do mundo em termo de população", explica. "Isso é reflexo do que acontece com a ciência brasileira. Nós cientistas somos desprestigiados e estamos recebendo poucos recursos. Até 2014, 2015 o investimento em ciência no Brasil estava aumentando bastante. Cresceu muito nos 20 anos anteriores, mas a partir de então, decaiu."

Um reflexo do desprestígio da ciência, opina, "é a maneira como a pandemia tem sido gerida pelo poder central (em referência ao governo federal), sem levar em conta as recomendações científicas. Aplicar em ciência é investimento, não gasto. Investe-se para criar mais tecnologia, mais condições de saúde e trabalho para a população. Hoje, isso é visto como um gasto e tem havido inúmeros cortes em financiamentos e bolsas."

Tsallis diz que para avaliar se 600 brasileiros são poucos ou muitos relativamente seria necessário ter informações dos outros países envolvidos, assim como dados completos sobre as verbas públicas e privadas colocadas à disposição da ciência e da tecnologia. "Na ausência dessas informações, é difícil ter uma opinião firme", explica.

"Eu pessoalmente vejo com alegria que o Brasil tenha 600 cientistas bem colocados nesse tipo de avaliação, e não ficaria surpreso se num futuro não muito distante esse número venha a crescer, lenta, porém substancialmente."

Mas independentemente disso, ele explica que a importância do levantamento feito pela equipe da Universidade de Stanford é que ele permite verificar objetivamente o impacto global da ciência brasileira ao longo de muitas décadas. "Visto que o apoio, ao longo dos anos, de instituições públicas do Brasil aos seus cientistas é de fundamental importância, tais levantamentos podem — e devem — orientar as melhores maneiras de usar as verbas públicas", defende.

Segundo Victora, a lista é muito útil, porque o impacto de um cientista sobre o conhecimento em nível mundial é medido pelo número de outros pesquisadores que citam o seu trabalho. "Então, usar o índice de citações de trabalho é um marcador muito importante de quanto a ciência produzida num determinado local, por uma determinada pessoa, impacta o nível do conhecimento no mundo todo", explica.

Ele atribui sua presença no ranking ao trabalho do grupo de epidemiologia que coordena na UFPel, que "é bem conhecido no Brasil" e no mundo. "Principalmente pelos estudos de coortes de nascimentos, que são aquelas pesquisas que acompanham crianças desde que nascem até sua fase adulta", explica. "Nossa coorte mais antiga está com 40 anos."

De acordo com ele, são pesquisas muito demoradas, custosas, mas que fornecem indicações sobre como o que acontece durante a gestação e no começo da vida influencia toda a saúde, inteligência, desempenho e produtividade dos indivíduos na idade adulta. "São pouquíssimos estudos deste tipo no mundo e nós temos a felicidade de ter iniciado o trabalho em 1982, que continua até hoje, por isso o reconhecimento", conta.

3 de 3 Para o químico Jairton Dupont, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o número de brasileiros ainda é pequeno em comparação ao tamanho do PIB — Foto: UFRGS

Para o químico Jairton Dupont, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o número de brasileiros ainda é pequeno em comparação ao tamanho do PIB — Foto: UFRGS

Tsallis, por sua vez, credita sua classificação a seu trabalho propondo a generalização de um dos pilares da física teórica contemporânea, a mecânica estatística de Boltzmann-Gibbs, que resultou no artigo científico exclusivamente brasileiro mais citado em todas as áreas desde 1945. Trata-se algo bastante complexo para leigos, que Tsallis tenta explicar:

"A mecânica estatística é a teoria física onde se acrescenta a de probabilidades às mecânicas (newtoniana, einsteiniana, quântica) e ao eletromagnetismo, de James Clerk Maxwell", diz.

Ela foi formulada há 150 anos e funciona para explicar as propriedades de fluidos simples (ar, água) e sistemas magnéticos simples (um pedaço de ferro magnetizado). "Ela prediz corretamente como funciona uma panela de pressão, uma geladeira, um transistor, os supercondutores, e mil coisas mais", diz Tsallis. "Os elementos de tais sistemas influenciam os outros do mesmo sistema que estão perto no espaço ou no tempo."

O problema é que a mecânica estatística de Boltzmann-Gibbs falha seriamente em explicar muitos fenômenos em sistemas vivos, nas bolsas de valores, em astrofísica (devido à interação gravitacional), nas colisões de altas energias que acontecem nos aceleradores de partículas (por causa do que acontece no sistema quarks-gluons), em descrever turbulências em meios granulosos (farinha, por exemplo), em ecologia quantitativa, e na evolução de aglomerações urbanas e das línguas, por exemplo.

"Nesses casos, ela falha, porque nestes sistemas complexos aparecem internamente correlações a grandes distâncias no espaço ou no tempo", explica Tsallis.

Ele conta que esse artigo seu, que é exclusivamente brasileiro, gerou aproximadamente 15 mil outros diretamente relacionados, publicados por mais de 8.000 cientistas de 102 países do mundo. "É possível também que tenha sido levado em conta o fato de eu ter ministrado mais de mil palestras convidadas ao redor do mundo", acredita.

Também deve ter pesado para sua posição na lista o fato de ter dedicado boa parte da vida a explorar as grandes questões no âmbito do conhecimento científico da humanidade e de suas possíveis aplicações. "Ser considerado como o mais influente cientista brasileiro é certamente, além de uma honra, um grande estímulo para mim e para outros, muito especialmente para os jovens", diz. "Este último ponto possui, na minha opinião, importância capital, pois os jovens têm que ser encorajados e testar sua ousadia nas questões cientificas e tecnológicas que os entusiasmam."

Dificuldade

O sucesso e o reconhecimento internacional de alguns pesquisadores não devem mascarar as dificuldades de se fazer ciência no país, afirmam os pesquisadores entrevistados. "Hoje está muito difícil, talvez no mesmo nível dos anos 1990", lamenta Dupont, opinando que "os anos de ouro foram nos governos Lula, que investiu em pesquisa e nas universidades e proporcionou ambiente adequado para a realização de projetos de risco".

Se não fosse este investimento, diz ele, a ciência brasileira estaria em situação muito mais delicada no enfrentamento a pandemia de covid-19, por exemplo. "É um trabalho incansável para superar a época das trevas que estamos atravessando, principalmente com a ingerência religiosa fundamentalista em todos os níveis", diz. "Temos muito a superar: racismo, misoginia, homofobia e negacionismo."

Para Tsallis, fazer pesquisa no Brasil, é "fascinante e desafiador, porém muito laborioso".

"Fascinante, pois o fato de o Brasil ser um país jovem do ponto de vista histórico abre espaço para atividades inovadoras, criativas e livres de tradições institucionais que podem ser por vezes muito pesadas", explica. "Muito laborioso, porque aquilo que você obtém facilmente quando trabalha no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), nas universidades Princeton, Harvard, Oxford, Cambridge ou na Escola Normal Superior de Paris só se consegue, trabalhando no Brasil, com consideráveis esforços de todo tipo", diz ele.

"É inevitável ponderar que negacionismos inconsistentes sobre os ativos da ciência brasileira e mundial, duramente conquistados ao longo de décadas e séculos, prejudicam a saúde da população e atrasam sua evolução educacional. Felizmente, entretanto, a robustez da ciência brasileira é mais forte do que isso."

    Newsletter G1 Created with Sketch.

    O que aconteceu hoje, diretamente no seu e-mail

    As notícias que você não pode perder diretamente no seu e-mail. Para se inscrever, entre ou crie uma Conta Globo gratuita. Inscreva-se e receba a newsletter

    Obrigado!

    Você acaba de se inscrever na newsletter Resumo do dia.

    Fonte: g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2021/01/03/o-que-fazem-e-pensam-os-brasileiros-na-lista-de-cientistas-mais-influentes-do-mundo.ghtml

    Previous Post

    Ex-secretário do governo Dilma, Diogo Santana morre eletrocutado em SC

    Next Post

    Terracap prossegue com entrega de contratos do Pró-DF II

    Saida Sul

    Saida Sul

    Next Post
    Terracap prossegue com entrega de contratos do Pró DF II

    Terracap prossegue com entrega de contratos do Pró-DF II

    Noticias das últimas 24 horas

    • Trending
    • Comments
    • Latest
    6 inovações que estão mudando a cara do agro brasileiro

    6 inovações que estão mudando a cara do agro brasileiro

    17 de Abril, 2021
    Lula promove um golpe de Estado no Brasil diz Panam Post

    Lula promove um golpe de Estado no Brasil diz Panam Post

    14 de Março, 2021
    Privatizar Correios e Eletrobras: Rodrigo Pacheco em pronunciamento

    URGENTE: Pacheco inclui Estados e Municípios e oficializa criação da CPI da Covid

    13 de Abril, 2021
    Estudo diz que a cloroquina “é segura” e aponta cura de 98,7% dos pacientes

    Estudo diz que a cloroquina “é segura” e aponta cura de 98,7% dos pacientes

    4 de Março, 2021
    Planaltina terá novo acesso para melhorar vida de 50 mil motoristas

    Planaltina terá novo acesso para melhorar vida de 50 mil motoristas

    18 de Abril, 2021
    Passageiros de três cidades terão mais viagens de ônibus

    Passageiros de três cidades terão mais viagens de ônibus

    18 de Abril, 2021
    Mais luz para as cidades de Samambaia e Gama

    Mais luz para as cidades de Samambaia e Gama

    18 de Abril, 2021
    Confira os principais assuntos da política deste sábado

    Dê uma olhada nos tópicos mais importantes da política deste sábado

    17 de Abril, 2021

    Noticias cecentes dos últimos 7 dias

    GDF vai abrir 160 vagas para acolher jovens e adultos com deficiência

    GDF vai abrir 160 vagas para acolher jovens e adultos com deficiência

    13 de Abril, 2021
    Bruno Covas é internado após câncer atingir fígado e ossos

    Bruno Covas é internado após câncer atingir fígado e osso

    16 de Abril, 2021
    Mais 4,5 mil vacinas são agendadas para profissionais de saúde

    Mais 4,5 mil vacinas são agendadas para profissionais de saúde

    13 de Abril, 2021
    Confira os pontos de vacinação que estarão abertos neste fim de semana

    Confira os pontos de vacinação que estarão abertos neste fim de semana

    17 de Abril, 2021

    Follow Us

    No Result
    View All Result
    • #471 (sem título)
    • Acompanhe em tempo real surto de CoronaVirus
    • Formulário de Contato
    • GUIA COMERCIAL SAIDA SUL
    • Home 1
    • Home 2
    • Home 3
    • Home 4
    • Home 5
    • Home 6
    • Homepage
    • Invasão de gafanhotos na África é situação sem precedentes, diz ONU
    • Irã admite que derrubou avião ucraniano por engano; presidente diz que tragédia é ‘imperdoável’
    • Plano de Saúde
    • Politica de Privacidade
    • Telha fotovoltaica será testada na Universidade Federal de Santa Catarina

    © 2021 Saida Sul DF - O seu portal de noticias

    Welcome Back!

    Login to your account below

    Forgotten Password?

    Create New Account!

    Fill the forms below to register

    All fields are required. Log In

    Retrieve your password

    Please enter your username or email address to reset your password.

    Log In
    WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com