O presidente Jair Bolsonaro mostrou uma irritação com o reajuste de 39% para o preço do gás natural. Em discurso na cerimônia de posse do novo Diretor-Geral da Itaipu Binacional, na quarta-feira (7), o presidente-executivo considerou “inaceitável” a decisão da Petrobras, anunciada nesta segunda-feira (5).
” É inadmissível, se for agora conhecido, o velho presidente [da Petrobras] ainda, uma releitura de 39% em gás. É inadmissível. Que contratos são esses? Que acordos eram esse? Eles pensaram estar no Brasil em um período de três meses? Eu não vou interferir, a imprensa vai dizer o contrário, ” disse.
O presidente se referiu ao presidente do Estado, Roberto Castello Branco, que deixará o cargo nos próximos dias, entregando o comando da empresa ao ex-presidente da Itaipu, general Joaquim Silva e Luna, que escoltou o discurso de Bolsonaro. Ele deve ser confirmado como o novo presidente da empresa na reunião do Conselho de Administração da empresa agendada para o próximo dia.
O novo valor do gás natural passará a valer a partir de 1 de maio do mês. Ao contrário de outros combustíveis, como a gasolina e o diesel, o gás natural é corrigido em intervalos regulares, a cada três meses. De acordo com a Petrobras, o aumento se baseia na aplicação das fórmulas de contratos de fornecimento, que incluiu o preço à oferta de petróleo e a taxa de câmbio, nos meses anteriores.
De acordo com a execução estadual, o preço praticado em maio, junho e julho, tem como referência as variações verificadas em janeiro, fevereiro e março. Durante este período, o petróleo subiu 38%, seguindo a tendência de alta das matérias-primas globais. Além disso, os preços domésticos também aumentaram com a depreciação do real.
O gás natural é destinado principalmente à indústria, que determina a geração de energia elétrica e os veículos movidos a gás, com assentos residenciais que representam apenas 2% do consumo de combustível no país, como em 2020 da Associação Brasileira de Distribuidores de Gás Liquefeito (Abegás).
A Vale lembra que o gás natural é diferente do gás liquefeito de petróleo (GLP), o famoso gás de cozinha usado na enorme quantidade. Maioria das residências brasileiras. Em 2020, o GLP Botyl acumula 17% em refinarias.
Com informações, agência Brasil.