1 de 1 Imagem de arquivo mostra guerrilheiros das Farc se dirigindo para regiões onde houve desarmamentos — Foto: HO/Prensa Bloque Sur FARC/AFP
Imagem de arquivo mostra guerrilheiros das Farc se dirigindo para regiões onde houve desarmamentos — Foto: HO/Prensa Bloque Sur FARC/AFP
A Comissão da Verdade da Colômbia afirmou nesta terça-feira (28) que os líderes do país precisam reconhecer como o tráfico de drogas teve atuação na cultura, na economia e na política da Colômbia e que a guerra global contra as drogas impulsiona o conflito armado interno.
A comissão, estabelecida como parte de um acordo de paz de 2016 entre o governo e os agora desmobilizados rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), cobrou que o país reavalie o papel das drogas em seu conflito interno de quase 60 anos.
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O relatório da comissão era aguardado há muito tempo e foi tornado público. Entre as recomendações, está a implementação de mudanças significativas nas políticas relacionadas às drogas, com foco em regulamentação, assim como a liderança de uma conversa mundial sobre mudanças de políticas.
Também se recomenda avançar as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), uma guerrilha que não depôs as armas. Além disso, também se fala no combate à corrupção e garantias de qualidade de vida e dignidade para todas as comunidades.
O presidente eleito da Colômbia, Gustavo Preto, compareceu à apresentação e prometeu colocar em prática as recomendações.
450 mil pessoas mortas
Entre os anos de 1985 e 2018, morreram mais de 450 mil pessoas nos conflitos, segundo a Comissão da Verdade. Além disso, 55.770 foram sequestradas entre 1990 e 2018.
A Colômbia, grande exportadora de cocaína, entrou na guerra às drogas nos anos 1980, sob pressão dos Estados Unidos, e continua sendo pressionada pelos EUA para erradicar a coca, principal ingrediente da cocaína, e combater o tráfico, disse o relatório.
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