Empate sem gols garante Operário nas quartas de final do Barezão
Diante do Manaus, Sapão da Terra Preta precisava apenas de um ponto para avançar de fase e espantar o fantasma do rebaixamento
Em partida marcada por tensão, Operário e Manaus empataram em 0 a 0 no estádio Gilbertão, em Manacapuru. Com o resultado, o Sapão fugiu do rebaixamento e ficou com a última vaga para a próxima fase do estadual. Por outro lado, o Gavião caiu uma posição, terminando a fase de grupos no terceiro lugar.
Nas quartas de final, o adversário do Operário será o Princesa, rival local que ostenta a melhor campanha do estadual, está invicto e venceu na última rodada o JC, por 9 a 1. Já o Manaus irá enfrentar o Manauara, que fechou a fase de grupos com vitória de virada sobre o São Raimundo, por 4 a 1.
O jogo
Em jogo fraco tecnicamente, Operário e Manaus iniciaram a partida sem que nenhum dos times imprimisse maior intensidade. Os donos da casa entraram em campo com o resultado, pois precisavam de apenas um empate para avançar.
A escalação dos comandados de João Batista foi conservadora, numa linha defensiva de cinco – com três zagueiros afundados dentro da área -, já dando o tom de como seria a partida do Sapão. Por outro lado o Manaus, já classificado e com um time repleto de reservas, fazia uma partida segura, sem permitir que o adversário tivesse chances claras de criação.
Outra importante característica que marcou o primeiro tempo em Manacapuru foi o jogo errático de ambos os times: a excessiva perda da posse de bola causada pela imprecisão na troca de passes, tornando o jogo caótico e improdutivo. A característica burocrática também foi condicionada pelo péssimo estado do gramado do Gilbertão.
Clima tenso
Ainda correndo riscos de ser rebaixado em caso de derrota, a torcida do Operário soube ainda no 1° tempo sobre a vantagem do São Raimundo, adversário direto na luta contra o rebaixamento e que jogava simultaneamente contra o Manauara, na Arena da Amazônia.
O clima ficou tenso entre a comissão técnica e o árbitro Antônio Carlos Pequeno Frutuoso. Após o apito que finalizou a primeira etapa, a equipe de arbitragem acabou sendo hostilizada por torcedores. A revolta inflamou um membro da comissão técnica, que ao tirar satisfações com Frutuoso, acabou expulso, causando ainda mais revolta no público presente.
Segundo tempo
Na volta do intervalo, os times voltaram mais acesos. As primeiras chances vieram em chutes de fora da área, contudo, a falta de capricho manteve os times zerados em campo.
O Operário parecia mais ‘faminto’ por construir um resultado que o livrasse de vez do rebaixamento e, de quebra, lhe desse a vaga nas quartas. Embora o Sapão estivesse em cima, o goleiro Pedro foi pouco exigido em campo. Já o Manaus não conseguia espetar os mandantes, mantendo o placar inalterado e deixando a partida enervante para os jogadores em campo.
Cenas lamentáveis
Antes que o sistema de som do Gilbertão pudesse anunciar a virada do Manauara, a tensão tomou conta da partida e os jogadores se estranharam em campo. Com o envolvimento da comissão técnica do Operário, a partida tomou contornos dramáticos. Com um jogador amarelado para cada time, a partida foi retomada e logo a tensão virou alívio.
Com a derrota do São Raimundo se concretizando na Arena, o Sapão ficou leve em campo. A partida acabou terminando sem gols, mas com muita comemoração dos mandantes.